O aumento significativo nos preços do azeite tem surpreendido consumidores em todo o mundo, especialmente no Brasil. Aqui, detalhamos os principais fatores que contribuíram para essa alta e como ela impacta o mercado.
Mudanças Climáticas e Secas Severas
As mudanças climáticas têm afetado drasticamente a produção de azeite. Secas prolongadas e temperaturas extremas reduziram a produção de azeitonas na Europa, que é responsável por 75% da produção mundial de azeite. A safra global de 2022 foi a pior da história recente, com uma queda de 26% comparada ao padrão histórico (Exame).
Infestação pela Bactéria Xylella
Outro fator crítico é a disseminação da bactéria Xylella fastidiosa, que infecta as oliveiras, causando o ressecamento e morte das árvores. Este problema tem se tornado uma ameaça crescente para os olivais na Europa, especialmente na Itália e na Espanha, os dois maiores produtores globais (Exame).
Aumento dos Custos de Produção
Os custos de produção do azeite também subiram devido a aumentos nos preços da energia, mão de obra e embalagens. Esses fatores contribuem para que o custo final do produto seja significativamente mais alto (Exame).
Impacto no Brasil
No Brasil, o impacto dos aumentos de preços chega com um certo atraso, mas a tendência é que os custos continuem subindo. Em 2023, o preço de uma garrafa de azeite de oliva virgem passou de R$ 24,96 para R$ 31,66, e o extra virgem de R$ 28,40 para R$ 35,97 (Exame). Mesmo assim, o consumo no país tem mostrado resiliência, com um aumento de 1,7% nas vendas de varejo até setembro de 2023.
Conclusão
O aumento no preço do azeite é resultado de uma combinação de fatores climáticos, biológicos e econômicos. Enquanto as secas e a bactéria Xylella continuam a afetar a produção, os custos industriais crescentes também contribuem para a alta dos preços. No Brasil, apesar do aumento, a demanda pelo produto permanece robusta, refletindo a paixão dos brasileiros pelo azeite.